A sopa é um alimento imprescindível na alimentação humana quer pela densidade de nutrientes que contém, quer pela saciedade que provoca, sendo por isso muito importante no combate ao excesso de peso e à obesidade.
Desde sempre e até há alguns anos atrás, a sopa era obrigatória na mesa dos portugueses. De tal modo era importante que, quando alguém referia a ementa do almoço ou do jantar, quase sempre falava da sopa e do “resto”, termo que conferia à sopa o papel principal. Para muitas famílias de baixos recursos económicos, esta era, não raras vezes, o único prato da refeição. Este poderá ser um motivo que leva tanta gente a não a consumir nos dias de hoje. A sua conotação com a pobreza…
No entanto, pela sua riqueza nutricional e pelo seu baixo valor calórico, deveria ser obrigatória nas refeições de todos os que querem ser saudáveis. Independentemente da região em que é consumida, tem sempre uma base constituída maioritariamente por água, “farináceos” que, dependendo da situação geográfica, podem ser batata, feijão ou outra leguminosa, ou mesmo pão, como na região alentejana. Invariavelmente, os produtos hortícolas como hortaliças do mais variado género, cenouras, cebolas, abóbora, tomates, feijão verde, etc., etc., entram também na sua constituição. Tudo temperado com um fio de azeite. Sim, um fio, não um rio!
Rica em vitaminas, minerais e antioxidantes - tão procurados nas farmácias a preço bem mais elevado e, seguramente, sem a mesma biodisponibilidade (*) tem também um apreciável teor de fibras, idealmente combinadas com água para uma maior saciedade e um melhor funcionamento intestinal.
Além de ser indicada no tratamento da obesidade e importante para a manutenção do peso ideal, para as pessoas os que sofrem de falta de apetite ou têm dificuldade em digerir, para os idosos ou ainda para controlar a ingestão compulsiva de alimentos nas crianças,
É um alimento pouco calórico e se se variarem os legumes, de sabor sempre diferente;
Nota: quando as pessoas usam cubos de caldos de carne, que além de um desinteressante valor nutricional têm sal em excesso, tornam as sopas muito idênticas)
A combinação de fibras alimentares com um elevado teor em água torna-a num bom regulador intestinal;
Nas crianças, constitui muitas vezes a única forma de estas comerem vegetais;
Permite aproveitar vitaminas e minerais que se perdem quando se desperdiça a água de cozedura;
Pouco alergénico (fraca probabilidade de provocar alergias);
Não contém moléculas agressivas que se formam noutros processos de confeção (fritos ou grelhados na brasa, por exemplo);
Proporciona um bom aproveitamento pelo organismo dos nutrientes presentes;
De fácil digestão;
Por ser um alimento com grande volume, sacia rapidamente, ao mesmo tempo que contém poucas calorias, sendo, por isso um importante alimento na prevenção e combate à obesidade
Um dos truques para se gostar de sopa é variar os ingredientes que constituem a sua “base”, bem como os vegetais que ficam a “nadar”. Uma sopa não tem que conter, no mesmo dia, uma infinidade de legumes para aumentar o seu valor nutricional. Este é um erro comum que leva muita gente, crianças e adultos, a preteri-la. Dever ser saborosa e variada ao longo dos dias. É importante que a base da sopa, constituída por farináceos, se assemelhe a um creme fino, e que não se deite mais massa ou arroz inteiros, a não ser no caso em que esta seja o único prato da refeição. O azeite adicionado não deverá exceder uma colher de café ou chá por cada prato. Tudo isto para que não contribua com demasiadas calorias para o valor calórico total da refeição.